Adeus, amigos companheiros de serestas / Eu me despeço esta noite dos senhores / Levo lembranças, recordações das nossas festas / Das serenatas, noites lindas, tantos amores 221r4t
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Coisinha que atenta os homens, eu te escrevo, meu amor / Não quero que tu repares na letra de um domador / Aqui vou levando a vida quebrando queixo de potro / Manda me dizer querida como é que estou neste corpo
Das roupas velhas do pai queria que a mãe fizesse / Uma mala de garupa, uma bombacha e me desse / Queria boinas, alpargatas e um cachorro companheiro / Pra me ajudar a botar as vacas no meu petiço sogueiro
Mata o silêncio dos mates, a cordeona voz trocada / E a mão campeira do negro, eando aveludada / Nos botões chora segredos, que ele juntou pela estrada / (Quando o negro abre essa gaita
Nasci com o dom de tocar e cantar as belezas do pago que o Rio Grande tem / Não sou dos melhores e não sou dos piores, com a gaita na mão eu me defendo bem / Nas minhas andanças, da serra fronteira, floreio a rancheira, o chote e o vaneirão / O canto que toco e o toque que canto é a alma serrana com cheiro de chão Bis
Cinzeiro amigo velho pedaço / De bronze / Tu guardas cinzas dos cigarreiros / Que fumei
Após muito tempo guardando / Os limites do Sul do Brasil / O gaúcho migrou para o Norte / E do Norte mudou o perfil
Assim começa um surungo mesclando fumaça e poeira / Porta do quarto entupida e a mulherada em fileira / Branca, morena e mulata, casada, viúva e solteira / Loucas pra coçar o garrão num manquejar de vaneira
De madrugada, no romper do dia / Em que o Sol nasce iluminando o pampa / A vaca berra chamando o terneiro / E na restinga a arada canta
Meu trabalho é de peão campeiro / Conforme diz meus documentos / Sigo sem afrouxar nenhum tento / De campanha, crioulo e fronteiro